segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Espera-se tanto tempo que  achamos que vamos ter alguma recompensa, mas a verdade e o mais certo é termos uma decepção...




domingo, 21 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Olhar as coisas

Quem não compreende um olhar
Tão pouco compreende uma explicação.
(Mário Quintana)


Gosto de olhar a beleza das coisas simples que me rodeiam e gosto de me surpreender! Hoje encontrei algumas, de cor azul sereno..




O último esforço da razão é reconhecer que existe uma infinidade de coisas que a ultrapassam
Pascal


 



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Num dia de feriado

Hoje apetecia-me ir abraçar o mar,  mas o vento era tanto que acabei por ficar na areia a inventar... 
 fotos minhas

domingo, 14 de agosto de 2011

Te olho nos ollhos

"Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...

E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.
Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.
A ponto de ver a estrada
Muito antes dos seus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."
(Ana Carolina)

Sou feita de tecidos estampados e bordada a fios dourados




Já fui julgada e até sacrificada. Já fui elogiada e amada, já estive certa e errada. Já julguei e já condenei, Já me arrependi e pedi desculpa.
Já fiz de tudo um pouco...
Preciso falar o que sinto, se não entendo tenho que questionar, preciso saber e compreender.
Muitas vezes sou mal interpretada, mas que posso fazer se preciso dizer o que vai dentro da minha alma magoada?
Já fui injusta com quem não deveria ser e cruel com quem fez por merecer.
Mas também já fui bondosa, companheira, enfermeira de vidas que desabavam, já curei corações feridos, já juntei comida, carinho e sorrisos para quem não tinha e levei-os ao meio da guerra.
Já fui actriz principal, rainha e anjo e já fui esquecida....
Já fui aquela que sempre ia e depois voltava vazia.
Já acertei, errei, e nem sempre me curei.
Já pedi e implorei.
Já cedi e dei.
Já me culpei e me torturei, tantas vezes que nem sei.
Já corri tanto atrás... mas era tão longe que não consegui chegar...
Já tentei rasgar lembranças, mas a cada passo remexo  no lixo das minhas gavetas  para achá-las!
Sou feita de tecidos estampados e bordada a fios dourados.
Sou assim, e é tudo o que penso de mim.







sábado, 13 de agosto de 2011



"E a felicidade estava ali, dentro de mim. Encontrei-a enquanto ouvia o canto dos pássaros". ;)
(AP)
Foto: hoje Costa do Estoril

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Certas Coisas


Ausencia


 Neste momento estou ausente de me dar aos outros, como muitos estavam habituados e gostariam  Tenho a energia concentrada na  mudança. Tem sido e continua a ser  um caminho longo, difícil e solitário e não é simplesmente egoísmo. É um processo de autodisciplina para mim própria que nunca tive: os outros sempre estiveram em primeiro lugar.  Tenho amor de sobra dentro de mim, mas tenho que aprender a me amar primeiro.  Um dia voltarei para todos  os que quiserem a minha companhia, mas agora sou eu quem escolhe quem partilha e participa no meu espaço sagrado de dentro, mesmo que, no fim, me tragam desilusão e se revelem não merecedores de mim.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

sábado, 6 de agosto de 2011

Uma voz na pedra

 

Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do MEL ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e esquecimento.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberta por uma palavra.

António Ramos Rosa

Um Caminho de Palavras

...Sem dizer o fogo - vou para ele. Sem enunciar as pedras. Sei que as piso - duramente, são pedras e não são ervas. O vento é fresco: sei que é vento, mas sabe-me a fresco ao mesmo tempo que a vento. Tudo o que sei, já lá está, mas não estão os meus passos nem os meus braços. Por isso caminho, caminho, porque há um intervalo entre tudo e eu, e nesse intervalo caminho e descubro o meu caminho.
Mas entre mim e os meus passos há um intervalo também: então invento os meus passos e o meu próprio caminho. E com as palavras de vento e de pedras, invento o vento e as pedras, caminho um caminho de palavras

Caminho um caminho de palavras
(porque me deram o sol)
e por esse caminho me ligo ao sol
e pelo sol me ligo a mim

E porque a noite não tem limites
alargo o dia e faço-me dia
e faço-me sol porque o sol existe

Mas a noite existe
e a palavra sabe-o.
António Ramos Rosa

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Também eu sou da paisagem

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transformo...brilho... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Mario Quintana - A Rua dos Cataventos
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Empatia

A capacidade afectiva e cognitiva de reconhecer e compreender os sentimentos e emoções de outro individuo, de se identificar com o seu sofrimento, as suas angústias e as suas crenças...
 
 

Muitos perguntam se estou bem mas pouco se importam com a resposta.